Um tribunal federal de apelações na Argentina confirmou nesta quarta-feira (13) a sentença que condena a ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão, além de proibi-la de disputar novos cargos públicos. Kirchner foi presidente do país entre 2007 e 2015, vice-presidente entre 2009 a 2013 e primeira-dama entre 2003 e 2007, durante mandato de Néstor Kirchner.
Além da condenação em cadeia e impedimento vitalício de disputar novos cargos, Cristina Kirchner também foi condenada a pagar cerca de 85 bilhões de pesos (cerca de R$ 490 milhões) de multas. Apesar disso, Kirchner não será presa imediatamente, podendo recorrer à Suprema Corte da Argentina, que decidirá seu destino.
O caso deverá ser encaminhado à Suprema Corte da Argentina em até dez dias, mas os juízes desse tribunal podem levar anos para avaliá-lo e emitir uma decisão. Se a defesa de Cristina Kirchner apresentar recurso, a análise na Suprema Corte só começará em março do próximo ano.
Cristina Kirchner foi condenada por beneficiar o empresário Lázaro Báez, empreiteiro da província de Santa Cruz, onde os Kirchner começaram sua trajetória política. Báez obteve 51 contratos para obras públicas, o que motivou a acusação contra a ex-presidente. No entanto, ela foi inocentada da acusação de associação ilícita.
A ex-presidente foi também acusada de liderar uma associação criminosa e de cometer administração fraudulenta tanto durante o mandato de seu marido, Néstor Kirchner (2003 a 2007), quanto em seus próprios mandatos (2007 a 2015). Segundo a acusação, essa organização teria desviado US$ 1 bilhão dos cofres públicos.