O influenciador Pablo Marçal entrou com uma ação contra o Grupo Globo e a jornalista Natuza Nery, acusando ambos de difamá-lo por meio de uma reportagem sobre sua atuação nas enchentes no Rio Grande do Sul. O caso está sendo julgado em segredo de justiça. O processo é assinado pelo advogado Tassio Renam Souza Botelho.
Durante as enchentes que afetaram várias regiões do Rio Grande do Sul, Marçal promoveu uma campanha de arrecadação e distribuição de doações, como alimentos e itens de primeira necessidade, com o objetivo de ajudar as vítimas. Contudo, a situação se complicou quando as autoridades locais exigiram documentação fiscal das doações, gerando controvérsias que foram amplamente cobertas pela mídia.
Segundo a ação, a Globo, por meio da Globo News, teria classificado como “fake news” a versão apresentada pelo ex-coach sobre os obstáculos enfrentados na entrega das doações. Em uma transmissão, Natuza Nery teria feito comentários que, de acordo com o influenciador, “denegriam” sua imagem e insinuavam que ele teria disseminado desinformação intencionalmente. Pablo Marçal afirma que a cobertura foi parcial e sensacionalista, resultando em danos irreparáveis à sua honra e imagem.
Marçal solicita que o caso tramite em segredo de justiça devido ao potencial dano à sua reputação. A defesa argumenta que a liberdade de imprensa tem limites constitucionais, especialmente quando fere a honra e a imagem de uma pessoa. A ação busca a remoção das postagens e a concessão de um direito de resposta, além de uma indenização por danos morais.
Em sua petição, o influenciador sustenta que a Globo extrapolou os limites do direito à liberdade de expressão, violando seu direito à honra e à imagem. Pablo Marçal baseia sua argumentação em dispositivos da Constituição Brasileira e do Código Civil, que garantem a inviolabilidade desses direitos. Ele menciona ainda que o tratamento dispensado pela mídia ignorou o caráter humanitário de suas ações e serviu apenas para descredibilizá-lo publicamente.