O rapper P. Diddy continuará atrás das grades após o juiz responsável pelo caso negar, mais uma vez, o pedido de fiança. Na decisão divulgada nesta quarta-feira00, o magistrado argumentou que nenhuma condição poderia garantir a segurança da comunidade, apontando evidências de violência e obstrução de justiça por parte do magnata da música.
Entre as justificativas apresentadas está um vídeo de 2016 que mostra Diddy agredindo Cassie, acompanhado de mensagens de texto enviadas por ela na época, onde descreveu os ferimentos e o comportamento violento de Combs. Além disso, o juiz citou violações cometidas pelo réu enquanto preso, como pagar outros detentos para realizar chamadas telefônicas em seu lugar, desrespeitando as regras de comunicação da prisão.
Diddy, que está encarcerado desde setembro, enfrenta acusações de extorsão, tráfico sexual e outros crimes graves. Ele foi preso no Park Hyatt Hotel, em Manhattan, e tem lutado para ser solto sob fiança, oferecendo sua mansão de US$ 50 milhões em Miami Beach como garantia e propondo ficar em prisão domiciliar com monitoramento 24 horas. No entanto, seus pedidos foram recusados repetidamente por juízes, que apontaram risco de interferência no caso e ameaça à comunidade.
Na última audiência, realizada na sexta-feira em Nova York, Diddy compareceu sem algemas ao tribunal ao lado de seus advogados, mas teve seu apelo negado pela quarta vez. O juiz responsável destacou “evidências convincentes da propensão de Combs à violência” e levantou preocupações sobre tentativas de obstrução da investigação federal em andamento.
O julgamento de Diddy está agendado para 5 de maio. No entanto, o juiz afirmou que, se a prisão do réu prejudicar a preparação de sua defesa, ele poderá renovar o pedido de fiança. Até lá, Combs permanecerá sob custódia.