Com direção de João Jardim e produzido por Iafa Britz chega aos cinemas no dia 12 de dezembro o filme As Polacas, que tem como promessa mostrar a luta das polonesas refugiadas pela liberdade da rede de prostituição que foram vítimas por conta do tráfico de mulheres no ano 1917.
O filme vai focar em Rebeca, uma mulher polonesa que chega ao Brasil junto com seu filho Joseph Rebeca (Valentina Herszage) vem para encontrar seu esposo, mas logo descobre que o mesmo faleceu, agora sem ter para onde ir e não podendo voltar para a Polônia, ela acaba conhecendo Tzivi ( Caco Ciocler) um homem que se diz judeu e controla o tráfico de mulheres na região. Rebeca logo é levada para a casa e lá não tem outra saída e acaba sendo abusada por um dos clientes.
O filme falha em muitas coisas, principalmente por conta de seu roteiro fraco e sem desenvolvimento, ele entrega que as mulheres não têm onde enterrar os mortos, e logo depois sem nenhum desenvolvimento elas podem, com autorização do traficante e podendo realizar a cerimônia judaica.
A produção promete se passar em 1917, e para isso economiza mostrando cenas gravadas na época, e resgatadas, por muitas vezes o filme mostra cenas em preto e branco gravadas em câmeras antigas da época, e isso se torna cansativo, da impressão que eles não respeitaram o telespectador e tem que explicar toda hora a época em que se passa o filme.
Em muitos momentos o posicionamento de câmera é escolhido de uma forma estranha, fazendo parecer um filme amador, e isso atrapalha na imersão do filme, é difícil se sentir aflito com a situação que elas passam. Algo que também culpo a atuação que é fraca, sem sentimentos e em alguns momentos parecia que os atores estavam lendo, o que é triste por serem atores reconhecidos.
Contudo As Polacas Infelizmente não é um bom filme. Não é para esperar algo grandioso, emocionante e com um bom desenvolvimento, pois está produção não conseguiu entregar.
O filme até nos faz refletir sobre este tenebroso caso, que é o tráfico de mulheres, mas falha na proposta de mostrar a luta delas.
